A DANÇA SAGRADA: RELACIONAMENTOS MULTIDIMENSIONAIS NO SÉCULO 21
sábado, 8 de novembro de 2008 « escrito por Carmen Arabela
Celia Fenn
Uma das áreas que tem sido mais afetada com a chegada da Energia Cristal e a mudança para uma vida Multidimensional foi a dos relacionamentos. Muitas pessoas estão experienciando mágoas e dor enquanto as suas relações de longa duração se desintegram. Ou elas se encontram sozinhas e sem um parceiro, apesar do desejo sincero de estar em uma relação amorosa. Ou têm uma série de relações que simplesmente parecem não “funcionar”, que fazem com que desistam e percam interesse no processo total.
O que esta se passando?
Porquê os relacionamentos estão sob tão extrema pressão agora?
Será que é neste tempo de transição que mais necessitamos dos relacionamentos?
Sim, nós necessitamos das relações e teremos o apoio que necessitamos, embora algumas vezes não pareça. Mas o relacionamento é uma das áreas chave onde a maré da mudança tem se sentido mais intensamente. Talvez seja porque a necessidade de nos relacionar, de sermos amados e aceitos é uma coisa muito humana. E este se tornou um lugar onde as velhas energias precisam ser liberadas para permitir novas formas e estruturas.
As Crianças Índigo em seus papéis de “Destruidores do Sistema” foram o instrumento para começar estas mudanças e as crianças Cristal nos ajudarão a consolidar estas novas formas de se relacionar.
Como conseqüência das Crianças Índigos, passamos de uma sociedade que somente aceita a monogamia masculina / feminina de relações de casal dentro do matrimônio, à uma sociedade que está mais preparada para aceitar diferentes tipos de relações de casal. O importante é a necessidade de se relacionar, não de que tipo de sexo, classe ou raça que pertença a pessoa com a qual nos relacionamos. Esta é uma revolução que está abrindo uma nova forma de pensar quanto ao que são as relações de casal, o que significa o se relacionar é como conduzimos em nossas relações.
As Velhas Formas de nos relacionar: Arquétipos e Carma
Na velha energia de terceira dimensão, as relações estavam apoiadas frequentemente em atração física ou magnetismo. O conceito de “química”, “amor a primeira vista” e muitos outros conceitos românticos fomentados por intermináveis exemplos de filmes e novelas, era a força de motivação. Tratava-se das aparências, acompanhadas de toda uma indústria para manter-se jovem, em forma e sexualmente atraente com o objetivo de “atrair” um parceiro adequado. Isto era argumentado como a forma de atuar da natureza, e as mulheres mais bonitas atraíam o seu parceiro para reproduzir seus gens. Bem, pode ser, mas as relações humanas não são somente para reprodução. Já não precisam continuar sendo assim. Há suficiente pessoas no planeta para nos permitir reformar as relações como algo mais que sexo e reprodução.
Também quando duas pessoas se casam de forma convencional, a força da energia arquetípica é tão forte que elas são quase forçados a papéis predeterminados. Muitas pessoas que juram que não vão reproduzir o matrimônio de seus pais, fazem justamente isso. Porquê? Porque apesar das boas intenções, está o ímpeto arquetípico do sistema matrimonial, construído em milhares de anos, que tende a prevalecer e a criar a realidade. Homem e mulher caem nos papéis de “provedor” e “nutridora” ou entram nos jogos de poder para ver quem pode dominar e quem se submete. Ou jogam dramas de vítima, abusador e salvador. E muito freqüentemente imitam nestes dramas os papéis padrão de seus pais.
Estes modelos são aprendidos na infância quando a criança observa seus pais na dança do relacionamento e grava no subconsciente todos os detalhes como referências para o futuro. Em Metafísica chamamos isto de o drama da “Criança Interna” e contém todos os temas não resolvidos de ambas as experiências de famílias, e provavelmente vidas passadas, nas quais a alma tenha jogado os papéis no “drama familiar”.
Nós aprendemos a explicar este processo dos papéis da alma como “carma” e dizemos à nós mesmos que temos de passar por esta experiência para aprender. O parceiro na relação é visto como um espelho dos nossos temas e nós diligentemente trabalhamos para assimilar qualquer aprendizagem que seja para nós. E provavelmente reencarnar para continuar com esta suposta “aprendizagem”.
Mas uma das coisas que os Índigo e Cristais nos ensinaram é que o conceito de “carma” está obsoleto. O CARMA ACABOU! Isso não significa simplesmente que você se graduou na escola cármica para se tornar um ser sábio. Provavelmente significa que o carma não existia. Mas que foi outro “sistema” que os humanos inventaram para ajudar a explicar porque os outros sistemas que também inventaram, incluindo o “sistema” do matrimônio, eram incômodos e tinham que trabalhar e perseverar com eles.
À medida que entramos no estado Cristal, começamos a entender que a relações têm a ver com associações criativas. São vínculos da alma experimentando o ser e o ser com o outro, e sobre co-criar. Não há prisões e nunca se destinaram à sê-lo. São a respeito de SENTIMENTOS. Ser capaz de comunicar o completo espectro de sentimentos para e com outra pessoa. E que isto pode ser feito dentro dos parâmetros do amoroso relacionamento entre a família, mas existem muitas outras formas em que isso pode ser explorado e desfrutado.
O Relacionamento Multidimensional
As novas formas de parceria são muito diferentes. Elas estão apoiadas em diferentes necessidades e critérios e são representadas de formas diferentes. À medida que nos acostumamos com o estado Cristal, nos habituaremos mais a esses novos tipos de relações.
Ressonância de Alma mais do que Atração Física
As pessoas terão atração entre elas em um nível multidimensional ou de alma mais do que a nível físico. O físico ainda será parte de uma relação Cristal, mas já não será mais o foco principal.
Mais e mais as pessoas estão à busca da sua “Alma gêmea”. Não importa se acreditam ou não na existência da alma gêmea, parece que há um profundo desejo na maioria das pessoas para fundir suas energias com uma alma compatível. E é à nível da alma que deve existir ressonância e compatibilidade.
Isto não significa que os casais vão estar de acordo em tudo. De fato, se isso acontecer, a relação poderá provavelmente não funcionar. Em vez disso haverá um saudável equilíbrio entre acordos e desacordos.
As pessoas Cristais operam do coração e sempre permitirão ao seu parceiro ser exatamente quem ou o que ela ou ele for. Não haverá necessidade de mudar o outro ou fazê-lo “melhor”, ou salvá-lo ou provê-lo. Eles apoiarão e compartilharão a aventura do crescimento e auto exploração, esperando o mesmo do outro. Mas existirá um “permitir” e uma liberdade que possibilitará a cada um o crescimento e o florescer dentro do seu pleno potencial dentro do relacionamento.
Companheirismo Planetário
Este é um fenômeno que eu pessoalmente notei nos recentes anos, especialmente entre os índigos que estão entre os vinte e os trinta anos. Suas relações são freqüentemente trans-globais ou planetárias
Com as facilidades que temos para acessar à Internet e de viajar de avião nós nos tornamos cidadãos globais. Tomamos aviões de um Continente ao outro como estávamos acostumados a fazer antes em ônibus em volta de uma cidade. Enviamos um e-mail e é respondido em horas, melhor do que escrever uma carta que demorava semanas. Então estamos capacitados para “nos relacionar” ao redor do planeta. E como todas as pessoas Cristais sabem, toda a energia amorosa enviada ao redor do planeta está criando uma rede de amor e alegria que pode trazer resultados positivos à longo prazo.
Assim se tornou algo bem normal para a gente encontrar companheiros em diferentes países e continentes.
E, a magia da Internet é que também transmite emoções assim como idéias e conceitos. De novo, os Cristais sabem como transmitir energias de coração pela Internet. A Internet é um “sistema nervoso” para que o planeta transmita mensagens como impulsos de luz através de chips de silicone/ cristal. Tornando-se assim uma extensão dos recursos humanos para localizar almas em ressonância com quem se relacionar.
Igualdade no Companheirismo: Mantendo o Equilíbrio
Em uma relação Multidimensional é importante manter o equilíbrio entre os companheiros. Há necessidade de uma igualdade completa na relação.
Os padrões antigos de dominação, controle e apego têm que ser liberados.
Se um dos companheiros domina ou controla o outro, então será criado um desequilíbrio que deteriorará a relação. Surgirá a raiva que não terá uma saída expressiva, já que será assumido como um padrão da relação. Em uma relação Cristal, cada companheiro observa cuidadosamente para se assegurar de que seu poder não seja tirado ou de tirar o poder do outro. Pelo contrário procuram maneiras de se capacitar entre eles de uma forma positiva.
Quando não existe o domínio de um sobre o outro e existe um permitir para que a outra pessoa seja, então não existe razão para a conduta que procura aprovação que é tão comum nas relações da velha energia. Não há necessidade ou medo a não ser aceitação e amor.
E se a relação chega ao seu final, então existe uma vontade de deixar ir e não ficar apegado a este relacionamento em particular. Inclusive as relações de ressonância de alma podem terminar quando os companheiros tem diferentes crescimentos ou precisam explorar quem são em outras formas ou direções. E o melhor que se pode fazer é deixar ir, permitindo a cada um crescer em novas e diferentes energias. E permitir-se sentir a tristeza quando algo termina, mas também a antecipação enquanto algo novo começa. Inclusive se isto é um período de solidão, enquanto nos adaptamos à nova pessoa que somos.
Permitindo o Total Espectro de Sentimentos
Isto provavelmente será para nós o mais difícil de negociar no futuro. Muitos de nós acreditamos que uma “boa” relação é aquela onde você esta sempre positivo, feliz e alegre. Onde a outra pessoa sempre faz você se sentir bem consigo mesmo. Mas na multidimensionalidade, as relações são mais de autoexploração e crescimento. E pode ser que seu companheiro o desafie para ajudar você a crescer, ou possivelmente você é que tenha que desafiá-lo.
Esta provocação pode incluir liberar raiva, frustração e permitir ao companheiro ter estas emoções e sentimentos, sem sentir-se pessoalmente ameaçado e nem que ponham em perigo a relação
As relações multidimensionais sempre atuam através de um espectro total de sentimentos, não só os positivos. O desafio para nós é permitir essas energias escuras e lidar com elas de uma forma criativa e compassiva, sabendo que se lidarmos com elas assim, elas nos servirão para crescer e experienciar cada vez mais quem e o que somos nesta relação particular.
O importante é de novo o equilíbrio. Muita negatividade na relação balançará para o negativo e a tornará violenta e destrutiva. Muita positividade fará que a tensão criativa que permite o crescimento não se manifeste e a relação provavelmente se estagnará.
Os Elementos Chave: Se Comunicar e Co-Criar
Uma coisa importante para recordar é que as novas relações multidimensionais são a princípio aventuras de autoexploração nas quais nos descobrimos por meio de nos relacionar e criar com o outro ser.
Então existem dois elementos chave que é necessário estar sempre presente. O primeiro é SE COMUNICAR, da maneira que for melhor para você. Há muitas formas de se comunicar em relações multidimensionais, desde o falar até a telepatia, ambas devem ser exploradas criativamente. Porque quando duas pessoas estão constantemente se comunicando, estão se expressando e se descobrindo por meio do que expressam.
A segunda chave é CO-CRIAR. Tem que existir uma razão para a parceria. Juntos vocês devem estar criando algo, mesmo se for somente o seu crescimento espiritual. Mas para que uma relação multidimensional floresça, tem que existir um lugar para que toda essa maravilhosa alta freqüência criativa encontre sua expressão a nível físico.
E pode ser que inclusive essa comunicação criativa que acontece entre companheiros possa permitir e capacitar cada um deles nos seus próprios projetos criativos. A criatividade não tem que ser expressa em formas de co-dependência, a não ser para dar poder a cada um em seus próprios projetos e exercícios criativos individuais.
A Sagrada Dança : Os Princípios Espirituais de se Relacionar
Existem muitas lendas e mitos antigos da Criação que nos dizem que a força original de Deus criou dois seres que tirou da sua própria essência. Estes dois seres, por sua vez, foram nos criadores de Tudo O Que É.
Assim os princípios espirituais básicos da criação são a Unidade ( a Unicidade de Tudo o que É), a Dualidade ( O Um explorando à si mesmo a partir da tensão dos opostos) e a Multiplicidade (a réplica, dessa dança básica de criatividade, uma e outra vez em formas maravilhosas e complexas.)
As relações nos ajudam a redescobrir a dança original do DOIS que de fato são UM. O movimento sempre tende a descobrir Harmonia e Unidade; e então descobre de fato que também há desarmonia e dualidade porque os dois agora são seres únicos e individuais. E a chave desta dança é balançar-se e fluir da unidade à dualidade e vice-versa.
Existem também muitos mitos antigos que falam de originais divindades “dançando” pelos céus que em seu giro prolongam a criação com sua dança. O mito que me vem à mente é o da Shiva e Shakti, cuja união e “dança” representa o mito das energias do Sagrado Masculino e Feminino na realização da dança da criação.
Em nossas relações com as novas energias multidimensionais, precisamos compreender os passos dessa dança sagrada de Shiva e Shakti, se queremos replicá-los em nossa vida. A dança tem três passos primários ou movimentos:
O primeiro movimento tende sempre à Harmonia e a Unidade. Duas pessoas se atraem e procuraram descobrir juntas de que maneira se parecem. Este é o movimento para a Força Divina ou o movimento do Dois procurando ser o Um original. Porque este movimento é dirigido à Divindade esta etapa da relação é sempre enlevada, alegre e criativa, enquanto os dois seres sentem o fluxo de luz e energia entre eles. Eles se descobrem e encontram as melhores partes deles mesmos refletidas no outro nesta parte da dança sagrada.
O segundo movimento tende sempre a se afastar da Unidade e ir para a Separação. O Um se torna Dois, que são separados e únicos. Nesta fase da relação a dança das duas pessoas é a de descobrir as formas em que são diferentes e porque nesta etapas da relação esta FORA da fonte da divindade e vai para a separação e a dualidade, freqüentemente há ansiedade e raiva nesta fase, além de uma necessidade de exercer o controle para manter a identidade.
Isto é porque na nossa cultura espiritual nós tememos a dualidade, nós a vemos como algo mau e tomamos partido pela Unidade de consciência e procuramos nos mover “mais além da dualidade”. Mas nunca poderemos nos mover além da dualidade enquanto tenhamos uma identidade separada e única. Em nosso estado de consciência mais elevado sempre tomaremos parte dessa dança de energias entre a Unidade e a Dualidade. Estar consciente é dar-se conta da dança e é ser capaz de soltar e desfrutar da dança sabendo que o fluir sempre irá de um lado ao outro entre estes dois estados de ser.
Em um relacionamento, isto significa que devemos estar preparados para experimentar tempos de desafio e discórdia. Pode ser que haja raiva, frustração e outras energias negativas. Estas devem ser lidadas com elegância e com o conhecimento de que se as dirigirmos dessa maneira não têm porque se tornar destrutivas. Isto é o que chamamos de o lado SOMBRA da relação. Sempre estará lá. Como ela é dirigida e integrada determinará a qualidade da relação. Se ambos os companheiros ou “dançarinos” souberem como lidar com a dança da raiva e da negatividade, então isso pode ser negociado sem criar um desequilíbrio tal que a relação/dança seja interrompida e destruída. Eu sempre julguei que a chave aqui sempre é permitir que a raiva e a negatividade sejam expressadas e liberadas, sem que se tome isso pessoalmente ou seja preciso se defender de formas destrutivas se houver uma raiva igual de ambos os lados. Isto cria justamente uma espiral de energia negativa que impede que a dança de seu próximo passo ou movimento.
O terceiro ou último movimento é sempre a volta à Unidade e a Harmonia. Os Dois descobrem de novo, através de suas jornadas separadas, que eles são sem dúvida Um. De fato eles se redescobrem na Unicidade, já que aprenderam algo mais a respeito de si próprio e do outro e se reunificam agora em uma espiral mais elevada de evolução e consciência. E tendo aprendido esta nova coisa em particular, não precisam retornar para trás e fazer isso de novo e de novo, sendo isto a forma como os padrões destrutivos surgem na relação. Os hábeis dançarinos cósmicos sabem como deixar ir e se movimentar para novos níveis da dança experimental mantendo o relacionamento em um estado de crescimento e de novos movimentos.
Tradução: Silvia Tognato Magini
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Por Carmen Arabela às 14:45